Padre Manuel Mendes: Um Santo dos nossos dias

No dia 07/02/2022, foi celebrada uma Santa Missa em Vila Meã por intenção do Senhor Padre Manuel Mendes, que já se encontra no Reino de Deus. Originário do concelho da Régua, foi professor no Seminário de Vila Real e deixou um impacto muito positivo na mesma diocese. Partilho de seguida um trecho escrito pelo Monsenhor Salvador Parente sobre o Padre Manuel Mendes:

“Descrito como um homem de Deus que levou uma vida rigorosa, mas simples. Só Deus conheceu a riqueza espiritual e humana desta alma de eleição. Deste espírito nobre e digno. Adicionalmente, o Padre Manuel Mendes tinha uma modalidade muito própria de escrever – doutrina segura, excelente, melodiosa, bem adornada de figuras estilísticas e transbordante de profundo e sincero zelo pastoral – poderemos descer ao mais íntimo do seu espírito, olhar bem para o mais fundo da sua alma, provar o fel amargo das suas derrotas e mais agudos sofrimentos, contemplar as maravilhas que Deus nele operou, medir o duro peso da sua cruz, aquilatar do grau da sua mística e sentir o fogo intenso, a temperatura do seu grande coração. A sua oração pessoal e íntima, as notas e registos das suas leituras, conversas confidenciais e segredos permanentes, propósitos, conselhos e recomendações, abarcam toda a sua existência de 78 anos. Os seus escritos espelham a sua alma e revelam os seus mais secretos sentimentos. Um verdadeiro padre que imolou toda a sua vida por amor, só por amor a Jesus. Sacerdote generoso, duma fé viva e simples, de uma simplicidade evangélica, passava despercebido, mas tão procurado. Altos desígnios de Deus!…

Que Maria, a “querida Mãe do Céu”, pegue na nossa mesquinha e desajeitada mão, supra as nossas deficiências e pobreza; e que o nosso querido e bom Padre Manuel Mendes desça até nós e, também lá do Céu, onde mora, oriente o nosso errante e tão inseguro peregrinar.”

Adaptado do livro “P. Manuel Mendes: Um Santo dos nossos dias”, Me Salvador Parente, Minerva Transmontana Editora

Alisson e Neide – Viúva de Naim (2015)

Partilho de seguida uma da melhores músicas cristãs que já ouvi: letra, melodia, voz dos interprétes. Tudo mesmo excelente. Não poderia ser de outra forma dado o contexto da letra: a viúva de Naim (Lucas 7:11-17). “E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela e disse-lhe: Não chores”. Deus não quer o sofrimento das pessoas. Deus move-se de compaixão com todos nós. Temos a liberdade de aceitar ou não a sua ajuda. As viúvas e os orfãos são as pessoas mais citadas na Bíblia de quem Deus se enche de especial compaixão. Muito provavelmente é porque não têm ninguém neste mundo que sirva de amparo. Deus sabe sempre o nosso contexto, o que sofremos e o que realmente somos. Deus quis ajudar esta mulher, porque para além de ser viúva tinha acabado de perder o seu único filho. Aquela sociedade era infelizmente muito machista, logo para além da terrível dor emocional aquela mulher iria ficar sem sustento. Mas Deus, está sempre conosco, saibamos todos nós reconhecer!
“Jesus se aproximava na frente do caixão
Uma mulher gritava
Minha alma está sentindo uma grande dor
Estou muito angustiada
E eu de longe observei e dela então me aproximei
Tu bem sabes que meu marido faleceu
E agora o meu filho também morreu
Senti uma íntima compaixão, então eu parei aquele caixão
E logo alguém me perguntou, mas quem é esse pro velório
Para! Vocês não entendem o mistério, então me preocupei
Pro erro arrumar e Jesus
Olhando dentro dos meus olhos pra mim falou
Mulher não chore
E ela respondeu como não chorar?
Meu filho, meu único filho morreu
Mulher tu não tá sabendo
Que quem contigo esta conversando
Eu estou me apresentando sou o dono da vida
No caixão me aproximei
E com o morto eu falei, ei! Levanta!
E o menino levantou, e começaram a me perguntar
Quem é esse que a vida dá
O velório se acabou, meu choro se tornou em alegria
Eu entreguei a sua mãe
E agora eu vou responder vou lhes dizer quem sou
Eu sou aquele que na quele dia o pão multiplicou
Na festa transformei a água quando o vinho acabou
E no quarto dia lázaro ressuscitou, toquei
Nos olhos de um cego e ele enxergou
Uma mulher tocou na minha orla
E curada ficou
Fui crucificado mas ressuscitei
Fui até o inferno a chave da morte
Eu tomei, fui falar com o Pai e com ele conversei
Envio meu espírito santo para meu povo
Fica, pois ele sozinho agora não vou deixar
Eu sou, eu entro, eu mando, eu faço, desfaço
E abalo, eu dou a vida, e tiro a vida
Eu sou o leão da tribo de Judá
Que não tem demônio que possa me enfrentar
Até leproso eu posso curar
Levante tua mão para me adorar
Eu sou o leão da tribo de Judá!
Eu sou o leão da tribo de Judá!”